Título: Pisco busca 40 desaparecidos
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Fonte: O Estado de São Paulo, 24/08/2007, Internacional, p. A22
Procura por sobreviventes do terremoto continua em hotel e cassino que desabaram.
Cerca de 40 pessoas permanecem desaparecidas na cidade de Pisco, a mais atingida pelo terremoto que, de acordo com cifras oficiais provisórias, matou 540 pessoas no Peru há uma semana. Segundo o chefe do Instituto de Medicina Legal do Peru , Luis Bromley, a maior parte dos desaparecidos são jovens.
Os trabalhos de remoção dos escombros ainda se concentravam ontem no que restou do Hotel Embassy - onde as autoridades peruanas acreditam que muitos hóspedes podem estar sepultados - e num cassino próximo à Igreja de San Clemente, cujo desabamento soterrou um número estimado de 250 pessoas. Um grupo de defensores dos animais também organizou uma equipe para resgatar cachorros, gatos e aves das ruínas das cidades afetadas e cuidar dos que estivessem feridos.
Em Lima, um edifício residencial, habitado por cerca de 15 famílias, desabou. De acordo com a agência estatal Andina, até a noite de ontem ainda não havia informações sobre mortos ou feridos graves.
Bombeiros foram deslocados para a área do acidente, no centro da cidade, e tentaram retirar os moradores. Apesar de muitos se recusarem a deixar a vizinhança do edifício temendo que seus pertences fossem roubados, segundo o comandante dos bombeiros, Guillermo Mavila, no final da tarde a maioria dos moradores já estava em locais seguros. Entre eles havia uma criança e um idoso.
SALDO
O Instituto Nacional de Defesa Civil divulgou ontem o saldo de construções destruídas pelo terremoto de 15 de agosto: 37.612 casas , 46 escolas e 14 centros de saúde. O tremor também deixou 1.090 feridos e desabrigou mais de 44 mil famílias.
Ainda ontem, o Executivo peruano promulgou uma ¿lei de solidariedade¿, que permitirá aos governos regionais e locais refazerem seus orçamentos e utilizarem impostos arrecadados com a mineração e outras atividades econômicas da região para os esforços de reconstrução. A lei também permite que localidades não atingidas pelo tremor redirecionem parte de seus recursos para a ajuda humanitária.