Título: EUA enviam representantes
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Fonte: O Estado de São Paulo, 27/08/2007, Ciência, p. 30

De acordo com um documento das Nações Unidas, que está sendo discutido durante a conferência, o mundo vai precisar gastar entre US$ 200 bilhões e US$ 210 bilhões para controlar o aquecimento global.

Para Yvo de Boer, secretário-geral da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), é chegado o momento de transformar palavras em ações.-Tivemos muitos sinais animadores nos últimos meses ¿ declarou.

Boer diz que conferência de Viena vai ser uma espécie de indicador das reais intenções dos países em torno da elaboração de um sucessor para o Acordo de Kioto, revelando também o grau de comprometimento geral.

-Os investimentos tradicionais devem ser direcionados a alternativas que levem em conta o impacto do aquecimento global ¿ declarou.

-Se não conseguirmos fazer isso, os seus efeitos se tornarão ainda maiores e, no futuro, serão precisos mais recursos para lidar com a mudanças climáticas.

Criticado por ter se recusado a ratificar o Acordo de Kioto, o governo dos Estados Unidos enviou representantes a Viena. Em junho, George W. Bush reconheceu que as emissões de gases do efeito estufa devem ser reduzidas. Segundo Harlan Watson, enviado americano a Viena, Washington ainda não sabe os números exatos dos cortes a serem feitos.

Yvo de Boer defendeu as nações em desenvolvimento, como Índia e China, que são acusadas de não agir para reduzir suas próprias emissões.

-A China prometeu aumentar sua eficiência energética em 20% nos próximos cinco anos ¿ disse ele, criticando, porém, a construção de novas usinas térmicas a carvão.