Título: País é o 40º melhor para se viver
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/09/2007, Vida &, p. A34

Qualidade ambiental e de vida foram decisivos na escolha.

O Brasil aparece em 40º lugar em um ranking de qualidade de vida elaborado pela revista americana Reader¿s Digest, que analisou dados sociais e ambientais de 141 países. O estudo cruzou informações de desenvolvimento humano, como nível de escolaridade e renda, com dados relacionados ao aproveitamento sustentável de recursos naturais em cada uma das nações pesquisadas.

Na primeira colocação está a Finlândia, seguida de três outros países nórdicos: Islândia, Noruega e Suécia. No rodapé da listagem, figuram principalmente representantes do continente africano. A Etiópia aparece em último lugar.

Entre os latino-americanos, o Uruguai, 9º na lista, obteve a melhor colocação. Além dele, outros três países da região saíram-se melhor do que o Brasil na avaliação: Argentina (27º), Costa Rica (34º) e Cuba (36º).Os EUA, maiores emissores de gases causadores do efeito estufa, aparecem na 23ª colocação. De 1990 a 2005, os índices de emissão de dióxido de carbono do país cresceram 22%.

A mesma reportagem traz um ranking, seguindo os mesmos critérios, das cidades em que se vive melhor no mundo. Estocolmo, capital sueca, bateu outras 71 concorrentes e lidera a lista. Apenas duas capitais brasileiras foram julgadas, Curitiba (54º lugar) e São Paulo (62º). Pequim, na China, ficou na última posição.

SOLUÇÕES

A pesquisa, liderada pelo economista ambiental Matthew Kahn, da Universidade da Califórnia, aponta sugestões para amenizar o impacto ambiental. Entre as propostas dos pesquisadores, estão a preservação de florestas nativas, o incentivo ao uso de fontes alternativas de energia e uma melhor utilização dos recursos naturais específicos de cada país.

Segundo a revista, mesmo os países mais ¿limpos¿ têm sérios problemas ambientais. Os finlandeses, no topo do ranking, utilizam apenas 1% de energia eólica, mesmo sendo os maiores exportadores desse tipo de tecnologia no mundo. O estudo também aponta os países de melhor qualidade de vida como os que produzem a maior quantidade de resíduos de carbono no planeta.