Título: Analistas vêem disposição para novo corte
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Fonte: O Estado de São Paulo, 10/10/2007, Economia, p. B7

A ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed) relativa à reunião de 18 de setembro, quando foi decido o corte de meio ponto porcentual na taxa de juros, para 4,75%, indica a disposição para um novo corte de juro, na avaliação de analistas de instituições em Nova York. Mas grande deles acredita que os dados econômicos e as condições financeiras não garantem um novo corte no encontro do Fed de 30 e 31 de outubro.

Para o economista sênior do banco Wells Fargo, Scott Anderson, a ata, divulgada ontem, revela inclinação do Fed para um novo corte, se as condições econômicas ou financeiras exigirem. No entanto, para ele, neste momento 'não há evidências que dêem suporte a um corte (em outubro). 'As expectativas relacionadas aos dados econômicos mudaram desde o último encontro do Fed.'

O vice-presidente sênior e diretor de pesquisa econômica da Alliance Bernstein, Joe Carson, concorda que 'não há garantias de que o Fed irá agir com um novo corte rapidamente, apesar de ser esse o desejo do mercado'.

O economista Robert Mellman, do JP Morgan, também acredita que não há garantia de um corte do juro em outubro, uma vez que 'os dados econômicos não indicam piora da economia e o mercado acionário está registrando novas altas'. No entanto, o analista espera que o Fed implemente um corte de menor magnitude, de 0,25 ponto porcentual, até o fim deste ano.

O economista-chefe da Moody's Investors, John Lonski, crê em corte menor já em outubro.