Título: Assessor de Renan diz que não vai tentar eleição
Autor: Lopes, Eugênia., Costa, Rosa
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/10/2007, Nacional, p. A10

Ao contrário de ex-colegas, que geralmente preferem ficar no anonimato, Chiquinho Escórcio, o ¿espião¿ de Renan Calheiros, nunca primou pela discrição. Falador e vaidoso, sempre fez questão de ostentar seu poder como assessor de Renan e do ex-todo-poderoso ministro José Dirceu. ¿Às vezes, em conversa com senadores, eles dizem coisas que não teriam coragem de dizer externamente¿, vangloria-se.

Com salário de R$ 9,3 mil para dar assessoria a Renan, Chiquinho explica seu trabalho: ¿É uma assessoria mais direta no campo político, vai por um lado e por outro para sentir como é que determinada coisa vai andar.¿

Chiquinho foi suplente na década de 90 dos ex-senadores do PFL maranhense Alexandre Costa e Bello Parga e diz que não pretende disputar eleições, por causa de seu custo no Maranhão. ¿Para ser eleito é preciso, pelo menos, 70 mil votos ou R$ 3,5 milhões. Se não mudarem as regras, ninguém poderá fazer campanha. Para arranjar dinheiro passaria a ser escravo de quem me financiou e buscar um caixa 2. Logo, prefiro contemplar o passado de glória que eu vivi, que eu passei no Senado.¿

Já Eurípedes Camargo, suplente de Cristovam Buarque (PDT-DF), não gosta de chamar atenção. Ele foi senador nos 14 meses em que Cristovam foi ministro de Lula. Hoje, é assessor da liderança do PT. ¿Minha tarefa principal é acompanhar as votações. Por ter sido parlamentar tenho acesso mais direto aos senadores.¿