Título: Mineração dá impulso ao sudeste do Pará
Autor: Brito, Agnaldo
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/10/2007, Economia, p. B12

A atividade mineral no sudeste do Pará ampliou a importância da região no Produto Interno Bruto (PIB) paraense. Em 1980, a região de Carajás contribuía com 12% do PIB estadual. A capital Belém respondia, na época, por 48% da atividade econômica do Estado. Em 2004, Belém mantinha a dianteira com 40%, mas a participação do sudeste do Pará pulou para 32%.

O estudo foi feito pela Fundação Vale do Rio Doce e a consultoria Diagonal Urbana. O objetivo foi mensurar os efeitos da intervenção da Vale e da atividade mineral na economia local. Entre 2003 e 2010, a Vale terá feito investimentos de R$ 25,8 bilhões nos municípios de Marabá, Curionópolis, Parauapebas, Canaã dos Carajás e Ourilândia do Norte, valor que considera todos os projetos da Vale na região, inclusive os ambientais.

Apontado como um dos Estados onde o desmatamento avança com mais vigor, a área da Floresta Nacional de Carajás - região de exploração de ferro, cobre, manganês e níquel - é um oásis. A floresta tem 395 mil hectares. A mineração atinge apenas 3% da área. Fora dali, a realidade é bem diferente.

As imagens de satélite mostram que, a cada dia, a Floresta Nacional se torna uma ilha de mata tropical. O tom rosado dos mapas indica o avanço da devastação, com queimadas e desmatamento. Segundo Edward Benjamin da Silva Filho, técnico ambiental de Carajás, há muitas agressões à floresta nacional. Para controlar tentativas de invasão e exploração de madeira, ele conta com a vigilância de equipes da Vale que percorrem a área fazendo pesquisa mineral.