Título: Dilma admite tramitação difícil
Autor: Lopes, Eugênia; Leal, Luciana Nunes
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/10/2007, Nacional, p. A6

Ministra da Casa Civil cobra responsabilidade da oposição.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, reconheceu ontem que o governo terá dificuldades no Senado em aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas se disse otimista. Mesmo com a licença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cuja permanência no posto sob acusações impedia a votação, o governo não tem os 49 votos para prorrogar o tributo até 2011. Cautelosa ao falar sobre as chances de vitória do governo na Casa, a ministra cobrou ¿responsabilidade¿ da oposição.

¿A CPMF é fundamental para o governo e ele não pretende abrir mão dela¿, avisou. Ela indicou que, com o radicalismo do DEM, o governo quer aproveitar a disposição do PSDB de negociar usando entre os tucanos o argumento da responsabilidade e do passado deles no poder.

Apesar da necessidade de aprovar a prorrogação da CPMF ainda este ano, a ministra demonstrou que o governo está preparado para uma negociação longa. Dilma não quis comentar declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que cogitou o aumento de outros impostos caso a CPMF não seja prorrogada. Mas repetiu que os R$ 40 bilhões anuais do tributo são essenciais.

COMBUSTÍVEL

Dilma esteve em um show de automobilismo no Parque do Flamengo, na zona sul do Rio, para a apresentação do novo combustível da Petrobrás para a Fórmula 1, que atende às novas exigências ambientais da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para 2008.