Título: Aprovação do presidente oscila para baixo
Autor: Graner, Fábio; Scarance, Guilherme
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/10/2007, Nacional, p. A9

Levantamento CNT/Sensus confirma Ibope; apesar disso, índice segue alto, puxado por boas expectativas

A última pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, confirmou resultados apontados há um mês pelo Ibope, com leve queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu governo. Interrompendo uma longa ascensão, desde setembro de 2005, a aprovação ao desempenho de Lula caiu de 64%, em junho, para 61,2%, em outubro. O índice de desaprovação foi de 29,8% para 32,5%. O levantamento CNI/Ibope, de setembro, apontava queda na aprovação, de 66% para 63%, e aumento na desaprovação, de 30% para 33%.

Os números da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostram que a avaliação positiva do governo oscilou de 47,5% para 46,5%. A avaliação regular ficou em 35,9% e a negativa subiu de 14% para 16,5%. As alterações estão dentro da margem de erro, de 3 pontos porcentuais. Foram ouvidas 2 mil pessoas em 136 municípios, de 8 a 12 de outubro. Os resultados, de novo, são similares aos do Ibope.

Uma série de índices favoráveis justifica o patamar elevado em que se mantém o presidente e o governo, apesar das oscilações. Pela pesquisa, 50% acreditam que haverá mais empregos nos próximos 6 meses, 45,9% prevêem maior renda e 47,8% esperam melhoria na educação. Em todos esses casos, a expectativa negativa foi menor.

O Sensus perguntou, ainda, sobre os maiores partidos de oposição, PSDB e DEM. Para 24,8%, a oposição é competente, mas conivente com o governo; 17,8% afirmaram que é competente e não conivente; 14,4% disseram que é incompetente e não conivente, e 10,9% responderam que é incompetente e conivente. Não opinaram 32,2%.

O voto facultativo tem o apoio de 58,9% dos entrevistados e só 38,4% disseram-se favoráveis ao voto obrigatório. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite cassar os deputados e vereadores que trocaram de partido foi apoiada por 54,2% dos entrevistados. Outros 30,7% foram contra.