Título: Herdeiro político de ACM diz que influência segue
Autor: Moraes, Marcelo de
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/10/2007, Nacional, p. A13

Deputado diz que carlismo ¿não acabou nem vai acabar¿, mas precisa ser adaptado aos novos tempos

Herdeiro natural do legado político do carlismo, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) afirma que esse movimento ¿não acabou nem vai acabar¿. Para ele, o carlismo tem de ser interpretado ¿como um modo de fazer política, com valores e atributos bem claros¿. Mas entende que o modelo consagrado por seu avô precisa ser adaptado aos novos tempos.

¿Na minha visão, o carlismo representa as boas práticas administrativas, as equipes competentes, os bons projetos, a revelação de bons quadros técnicos e a defesa intransigente da Bahia. Mas ele precisa agora ser inserido num modelo que sinalize para o futuro¿, afirma o deputado, de 28 anos, provável candidato à Prefeitura de Salvador no próximo ano.

Na avaliação de ACM Neto, a eleição municipal será um termômetro para medir o potencial dos candidatos de oposição. Em 2004, João Henrique Carneiro, então no PDT, foi eleito no segundo turno, derrotando o senador César Borges por uma margem de votos muito grande. João Henrique obteve 74,7% dos votos válidos contra 25,3% de Borges.

CONTESTAÇÃO

¿Quase 75% dos votos válidos foi uma derrota muito expressiva. A população de Salvador mostrou sua intolerância máxima com nosso grupo¿, reconhece ACM Neto. ¿Salvador sempre foi uma cidade de contestação. Mas agora, com o nítido fracasso da administração do prefeito João Henrique, surge um ambiente favorável. É como se tivessem descansado do nosso grupo e dissessem: `olha tem muita coisa que havia no passado de que eu sinto falta¿. Não é a reedição desse modelo. Mas uma forma de resgatar as boas práticas e sendo novo.¿