Título: Licença da 3ª geração do celular vai custar até R$ 341 milhões
Autor: Marques, Gerusa
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/10/2007, Economia, p. B3

Anatel divulga edital para venda de 44 novas licenças em várias regiões do País, no dia 18 de dezembro

A licença mais cara para a operação da terceira geração (3G) da telefonia celular é a da área atendida hoje pela Brasil Telecom - nas Regiões Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Tocantins, Rondônia e Acre. A maior freqüência nesta área, de 30 MHz, custará no mínimo R$ 341,2 milhões, e as outras três faixas, de 20 MHz, custarão cada uma R$ 227,4 milhões.

Os preços mínimos das licenças constam do edital de licitação da 3G, divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No leilão, marcado para 18 de dezembro, serão postas à venda 44 licenças, sendo quatro delas em cada uma das 11 áreas de atuação em todo o Brasil.

A 3G é uma tecnologia mais moderna, que permite acesso à internet em banda larga. Com o celular de terceira geração, os clientes poderão baixar e enviar arquivos em alta velocidade, como fotos e vídeos.

Na região metropolitana de São Paulo, o preço mínimo será de R$ 167,7 milhões para a maior faixa e de R$ 111,8 milhões para as três faixas menores. Pelas regras do leilão, as empresas que levarem essas licenças terão a obrigação de oferecer o serviço também na área que abrange os Estados do Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Roraima.

No interior de São Paulo, o valor varia de R$ 85,9 milhões a R$ 128,9 milhões. Também para as vencedoras desta área haverá a obrigação de atender outra região, que engloba os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A segunda área mais cara - com preços entre R$ 163,6 milhões e R$ 245,5 milhões - corresponde aos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Em Minas Gerais, o preço mínimo das licenças vai de R$ 28 milhões a R$ 42 milhões.

Serão vendidas ainda licenças em outras quatro áreas menores, que correspondem às regiões hoje atendidas pela Sercomtel, em Londrina (PR), e pela CTBC, no Triângulo Mineiro, em Ribeirão Preto e Franca, e alguns municípios de Mato Grosso do Sul e Goiás.

Para participar do leilão, as empresas deverão depositar garantias no valor de 10% do preço mínimo da licença que pretendem disputar.

Também serão cobradas garantias correspondentes às metas de cobertura, mas os valores dependem dos planos de implantação de cada empresa.