Título: GNV é a alternativa mais barata, diz IBP
Autor: Marques, Gerusa
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/11/2007, Economia, p. B6

Preço teria de dobrar para perder espaço para a gasolina e o álcool

O Gás Natural Veicular (GNV), combustível que movimenta uma frota de 1,5 milhão de carros no Brasil, precisa mais do que dobrar de preço para deixar de ser mais vantajoso que a gasolina. Em relação ao álcool, o GNV teria que quase dobrar de preço para deixar de ser competitivo. Levantamento feito pelo comitê de GNV do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), com exclusividade para o Estado, mostrou que o preço do gás natural na bomba teria de subir 118,31% para perder a competitividade ante a gasolina e 94,59% para dar lugar ao álcool na preferência dos consumidores.

Calcule: álcool ou gasolina

¿Não adianta o governo pedir para que os consumidores não façam a conversão de seus carros. Mesmo com aumento de preço, o gás natural não perderá vantagem econômica ante os demais combustíveis¿, afirma Rosalino Fernandes, coordenador do Comitê de GNV do IBP e vice-presidente da Associação Latino Americana de Gás Natural Veicular.

Os cálculos do IBP consideraram os preços médios apurados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) neste mês em todos os Estados. Segundo Fernandes, os valores consideram qualquer tipo de veículo com motores a combustão.

Há três semanas, a oferta de gás natural para os Estados de São Paulo e Rio foi reduzida por causa de um problema na geração hidrelétrica. A redução do nível nos reservatórios obrigou o governo a determinar o funcionamento das térmicas a gás. Como não há gás para atender a todos os mercados, houve a primeira indicação de que pode haver problema no fornecimento do insumo. Foi o suficiente também para a primeira declaração de um membro do governo contra o uso do GNV. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse que não aconselharia a conversão de motores para GNV.

Para Fernandes, o consumo de GNV é baixo e o corte de fornecimento apenas para esse segmento não ajudará a resolver o problema da falta de geração por hidrelétricas. Hoje, o consumo de gás é de 7 milhões de metros cúbicos por dia. ¿O consumo anual sobe 10%¿, diz.

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