Título: Fiesp vê 'histórica vitória' da sociedade
Autor: Darcie, Paulo
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/12/2007, Nacional, p. A7

Paulo Skaf, presidente da instituição, tinha sido atacado pelo presidente Lula, que classificara os adversários da CPMF como sonegadores

As entidades que se posicionaram contra a CPMF agora comemoram seu fim. Acusado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, de dar um ¿tiro no pé¿ do empresariado ao fazer campanha contra o tributo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, por meio de nota, considerou ¿uma histórica vitória¿ da sociedade a decisão do Senado de acabar com a CPMF. ¿Não houve perdedores, porque venceu o Brasil.¿

A derrubada da CPMF foi o assunto mais comentado do ano no estadao.com.br. Dê também sua opinião

Na nota, Skaf ressaltou os ganhos democráticos que a discussão do assunto trouxe à sociedade. ¿Nesse saudável processo, a saúde e a educação foram valorizadas; a reforma tributária mostrou-se urgente e indispensável.¿ Ele afirmou ainda que os senadores ratificaram ¿a independência dos Poderes, o respeito às instituições e à liberdade cidadã na reivindicação de seus direitos¿.

¿A sociedade exerceu sua cidadania ao usar argumentos concretos e transparência absoluta¿, disse Skaf, referindo-se ao Movimento Nacional da Sociedade Contra a CPMF, campanha encabeçada pela entidade, que reuniu mais de 1 milhão de assinaturas. No calor das negociações, o presidente Lula chegou a dizer que somente sonegadores militavam contra a prorrogação do tributo.

Outra entidade que comemorou o fim da CPMF foi a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Seu presidente, Abram Szajman, acredita que a decisão será positiva para o empresariado, que terá margem para investir. ¿É possível que haja aumento de produção¿, afirmou. Para ele, o rombo nas contas do governo não será grande, pois a atividade econômica está em expansão e a arrecadação tributária continua crescendo.

`LÓGICA PERVERSA¿

Em Curitiba, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse que ¿o Senado quebrou a lógica perversa dos governantes brasileiros, de que a melhor forma de administrar é aumentar impostos sem buscar fazer o dever de casa, corrigir gastos, direcionar gastos e eleger prioridades¿. Para ele, o governo agora precisa adequar os recursos a seus projetos e despesas.

Também em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) cobrou que a perda de receita com o fim da CPMF não seja compensada com a redução de investimentos em políticas sociais, saúde, previdência e assistência social. COLABOROU EVANDRO FADEL

DO PORTAL

¿Finalmente a vontade do povo prevaleceu! Cansamos de pagar tantos impostos. A classe média tem de ser respeitada!¿ Suzi Lima

¿Foi uma vingancinha da oposição contra o presidente Lula, ninguém estava interessado em salvar o pobre contribuinte¿ Paula Helena

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