Título: 'O PT vai crescer muito nas eleições municipais'
Autor: Oliveira, Clarissa
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/12/2007, Nacional, p. A9

O presidente reeleito do PT, Ricardo Berzoini (SP), avalia que os desafios da nova gestão são vencer a eleição de 2008 e preparar a sigla para 2010. O deputado afirma que o partido reúne as condições para registrar um forte crescimento nas eleições municipais. Mas, para isso, candidatos terão que fazer um diagnóstico de cada município e não apenas contar com a força do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Que planos o sr. tem para a nova gestão?

Temos comandos do Congresso do PT a cumprir, na área de formação política, comunicação, juventude, Código de Ética e finanças. E temos os principais desafios no calendário da política brasileira. Eleições 2008 e 2010 e intensificar a relação com movimentos sociais.

Qual é a estratégia para 2008?

As eleições municipais carregam um forte componente da dinâmica política do município. Os candidatos que não tiverem um bom diagnóstico do município terão poucas chances de vitória. Não adianta se pendurar na figura nacional do PT ou do Lula.

Falou-se muito em renovar o partido. O sr. concorda com isso?

O PT sempre se renovou, desde que o José Dirceu era presidente, com medidas como o próprio PED. Quando ouço a palavra renovação numa disputa eleitoral, ela sempre me soa como uma proposta eleitoral. Quando ela vem fora desse contexto, eu sinto que é da natureza do PT.

Que chances de crescimento o sr. vê para o partido em 2008?

Eu tenho a convicção de que, nas eleições municipais, o PT vai crescer muito. Temos uma experiência nacional com o presidente Lula que reforça a confiança no PT. E o PT tem hoje um porcentual de aprovação maior do que tínhamos em 2004. E porque nós temos o partido mais capilarizado e mais distribuído no território nacional do que tínhamos antes.

O sr. vai dirigir o PT sem maioria. Como unir as correntes?

Não entendo a função de presidente como sendo presidente da corrente. Vou presidir o partido como um todo, dialogar com todos os setores. Vou fazer como fiz ao longo desses dois anos.

Para 2010, qual será o papel dessa gestão?

Ela será uma gestão preparatória, pois haverá uma nova eleição em 2009. Mas está gestão terá um papel fundamental. Temos um debate acumulado de que o PT tem todas as razões para ter candidato. E o PT tem que se convencer de que tem que apresentar um programa político-administrativo, e ideológico, que seja o aprofundamento e uma continuidade para esses oito anos de Lula. Essa força do programa e a presença do presidente Lula como principal eleitor do Brasil em 2010 vai ser fundamental para o nosso sucesso.

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