Título: Déficit dos EUA avança 9,3%
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/01/2008, Economia, p. B5
Puxado pelo petróleo, saldo negativo vai a US$ 63,1 bi
O alto custo do petróleo importado pelos Estados Unidos fez o déficit comercial do país subir 9,3% em novembro, para US$ 63,118 bilhões, o valor mais alto desde setembro de 2006. A expectativa dos analistas era de um buraco de US$ 59,5 bilhões.
As importações subiram 3% em novembro, para o recorde de US$ 205,4 bilhões, ao passo que as exportações avançaram 0,4% e chegaram a seu máximo histórico de US$ 142,3 bilhões. Entre janeiro e novembro, o déficit comercial americano ficou em US$ 650,048 bilhões.
Caso a tendência tenha se mantido, o país deve ter encerrado 2007 com um déficit na casa de US$ 710 bilhões, aproximadamente 6,5% menor que os US$ 758,522 bilhões de 2006.
Combinados, os dados deram aos analistas a idéia de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcançou 1,2%, em termos anualizados, no último trimestre de 2007. As vendas ao exterior são uma das poucas boas notícias em um panorama econômico enfraquecido pela crise no setor imobiliário e o aumento do desemprego.
A queda do dólar e a demanda crescente de economias asiáticas e latino-americanas contribuíram para o crescimento das exportações dos EUA. O aumento do déficit foi conseqüência principalmente da alta de 16,3% do petróleo importado pelo país.
O Departamento de Comércio americano informou que o superávit dos países da América Latina e do Caribe com os EUA subiu 2,2% em novembro, para US$ 9,522 bilhões. Entre janeiro e novembro de 2007, a região acumulou superávit de US$ 92,880 bilhões, 42% abaixo do registrado no mesmo período de 2006.
Com o Brasil, houve superávit comercial de US$ 118 milhões em novembro, ante déficit de US$ 48 milhões em outubro. De janeiro a novembro, os Estados Unidos acumularam déficit comercial com o Brasil de US$ 1,565 bilhão.
O déficit comercial dos EUA com a China caiu para US$ 23,95 bilhões em novembro, de US$ 25,93 bilhões em outubro. Também houve recuo no saldo negativo com o Japão, que ficou em US$ 7,13 bilhões em novembro, ante US$ 7,96 bilhões em outubro.
Links Patrocinados