Título: GVT vai oferecer telefone fixo em São Paulo e no Rio
Autor: Domingos, João
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/01/2008, Negócios, p. B14
Empresa, que já tem serviços corporativos nesses Estados, quer agora crescer no mercado residencial A operadora de telefonia fixa GVT anunciou ontem que pretende entrar neste ano nos mercados residencial e de pequenas e médias empresas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, o vice-presidente da unidade de Negócios Corporativos da empresa, Leonardo Queiroz, disse que até a metade do ano a empresa deverá começar a atuar no mercado residencial paulista. ¿Estamos negociando em 21 municípios com mais de 300 mil habitantes de São Paulo, incluindo a capital¿, informou Queiroz.
A GVT, que hoje opera principalmente nos mercados de telefonia fixa do Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Tocantins, Acre e Rondônia, já atua em São Paulo, mas atendendo apenas a empresas. ¿Somente na capital paulista, atendemos a mais de 400 clientes corporativos¿, disse o executivo. Para operar no mercado residencial paulista, a GVT terá de investir na instalação de uma rede. Queiroz, porém, não estimou o volume de investimentos necessários para isso.
A GVT tem outros planos de expansão para este ano. De acordo com as informações de Queiroz, a empresa quer, em 2008, entrar também no mercado corporativo do Nordeste. Em 2007, a GVT investiu, no total, R$ 566 milhões. Para este ano, a expectativa da empresa é de que os investimentos superem esse patamar. A operadora fechou o ano passado com um lucro líquido de R$ 59,2 milhões, ante prejuízo de R$ 66,8 milhões registrado no ano anterior.
ATACANTE
Queiroz disse que a possível fusão da Brasil Telecom com a Oi (antiga Telemar) - negócio que vem sendo costurado e que conta com o apoio do governo federal - não deverá significar muitas mudanças para a GVT, que, hoje, atua na mesma área da Brasil Telecom.
¿Para nós, a influência é mais econômica. Não deverá haver mudanças do ponto de vista operacional. Não deverá mudar muita coisa¿, disse o executivo. Queiroz evitou fazer mais comentários sobre a operação - que vem sendo muito questionada por envolver mudanças na lei -, mas lembrou que a GVT tem seu próprio mercado e ¿tem tique de atacante¿.