Título: Cargos em comissões acirram disputa entre deputados
Autor: Leal, Luciana Nunes
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/02/2008, Nacional, p. A10

Com a escolha dos novos líderes partidários, as atenções dos deputados vão se voltar para a designação dos presidentes das 20 comissões temáticas da Câmara. Mais uma vez a polêmica deverá recair sobre a definição de quem será o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante. Como tem a maior bancada (92 deputados), o PMDB fica com o cargo, reivindicado por Eduardo Cunha (RJ).

Ligado ao ex-governador Anthony Garotinho, ao presidente da Assembléia do Rio, Jorge Picciani, e a seu filho, o deputado federal Leonardo Picciani, que presidiu a CCJ no último ano, Cunha pleiteia a comissão sob o argumento de que o cargo é da bancada fluminense. ¿Não há nada definido. Mas a tendência é que a presidência da CCJ fique com o Rio porque é o Estado que tem o maior número de deputados do PMDB¿, alega Cunha.

¿Ainda vou conversar com a bancada para definir quem será o presidente da CCJ¿, diz o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). ¿Mas não há obrigatoriedade de a presidência da CCJ continuar nas mãos do Rio.¿

No ano passado, o grupo de Cunha também usou o argumento de que a bancada do PMDB era a maior para obter a nomeação de Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas e de Moreira Franco para a Caixa.

Após reconquistar o Ministério de Minas e Energia, o PMDB da Câmara também briga pela presidência da Comissão de Minas e Energia, hoje com o PP. Já o PT, que tem a segunda maior bancada da Casa (80 deputados), vai centrar forças na manutenção da Comissão de Finanças e Tributação. O PSDB comanda três comissões, mas perderá espaço, tendo que abrir mão para DEM ou PPS. Já o DEM pretende continuar com a Comissão de Seguridade Social e Família.

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