Título: Farc libertarão mais reféns, diz rádio
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Fonte: O Estado de São Paulo, 18/01/2008, Internacional, p. A16
Segundo emissora colombiana La W, rebeldes soltariam quatro cativos doentes e um dos três americanos
Bogotá
A guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve anunciar em breve a libertação de mais cinco cativos que integram o grupo de 44 reféns políticos em seu poder, afirmou ontem a rádio colombiana La W. Em seu site na internet, a emissora disse ter obtido a informação de modo ¿exclusivo¿. Segundo La W, esses libertados seriam um dos três americanos seqüestrados desde 2003 e quatro reféns gravemente doentes.
A senadora colombiana Piedad Córdoba - que, ao lado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, busca um acordo humanitário que permita a libertação dos reféns - não quis confirmar a informação e disse que ela deve ser tratada com cautela. O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, disse não ter recebido nenhuma manifestação das Farc sobre novas libertações.
Na semana passada, uma missão organizada por Chávez resgatou duas reféns que as Farc haviam concordado em entregar: a ex-deputada Consuelo González de Perdomo, seqüestrada desde 2001, e Clara Rojas, ex-candidata a vice-presidente na chapa de Ingrid Betancourt, em poder da guerrilha desde 2002.
Clara e Consuelo trouxeram provas de vida de oito reféns. As fotos e cartas dos seqüestrados relatando as condições precárias em que vivem chocaram o país e o mundo. Na quarta-feira, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, disse estar buscando um modo de enviar uma missão humanitária para tratar os reféns. A Igreja Católica iniciou contatos com as Farc para debater uma proposta que permita ao grupo e ao governo negociar um acordo.
Ontem à tarde, o colombiano Gustavo Moncayo, pai do soldado Pablo Emilio, refém das Farc há dez anos, chegou a Caracas como parte da caminhada iniciada em 19 de novembro em Bogotá para pedir a libertação dos reféns e a busca de uma solução para o conflito. Ele foi recebido por Chávez e criticou o governo colombiano: ¿Não lhe interessa que haja paz nem que nossos entes queridos voltem à liberdade.¿ Moncayo apoiou a proposta chavista de que Uribe deixe de considerar as Farc um grupo terrorista. ¿Mais terrorista acho que é ele¿, afirmou, referindo-se ao presidente colombiano. EFE
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