Título: Cientistas criam coração de rato com células de filhotes
Autor: Escobar, Herton
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/01/2008, Vida, p. A12
Pesquisadores americanos usaram estrutura de órgão de animal morto e conseguiram fazê-lo pulsar
The New York Times
O sonho da medicina de criar corações e outros órgãos humanos para reparar ou substituir órgãos danificados recebeu um grande impulso no domingo, quando pesquisadores da University of Minnesota relataram o sucesso ao criar em laboratório um coração de rato com batimentos. Especialistas não envolvidos no experimento consideram o feito ¿uma realização marcante¿ e um ¿acontecimento espantoso¿, mas todos concordam que o sonho, se de fato se concretizar, ainda deve demorar cerca de dez anos para ser realidade.
Doris A. Taylor, chefe da equipe que criou o coração de rato, disse que o princípio condutor foi: ¿dê à natureza as ferramentas e não interfira¿. ¿Nós apenas pegamos os próprios blocos constituintes da natureza para construir um novo órgão¿, disse, falando sobre o trabalho publicada na revista Nature Medicine.
Os pesquisadores retiraram todas as células do coração de um rato morto, deixando válvulas e estrutura externa como uma armação para novas células cardíacas de ratos recém-nascidos que foram injetadas. Em duas semanas, as células formaram um novo coração com batimentos que conduziu impulsos elétricos e injetou um pouco de sangue.
Com algumas alterações, os cientistas devem conseguir formar um coração humano retirando células-tronco da medula óssea de um paciente e colocando-as no coração de um cadáver já preparado para servir como armação, disse Doris. Esse sucesso inicial ¿abre portas para a idéia de que podemos fazer qualquer órgão e esperamos fazer isso¿, disse ela.
¿O trabalho de Doris Taylor é uma daquelas idéias muito simples que faz você bater na cabeça e dizer: `Por que não pensei nisso?¿¿, disse Todd N.McAllister, da Citograph Tissue Engineering, na Califórnia. Sua equipe usou um fragmento da pele de um paciente para criar vasos sanguíneos em laboratório e depois implantou-os para restaurar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias danificadas do paciente.
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