Título: Comitê define ação de térmicas
Autor: Pamplona, Nicola
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/01/2008, Economia, p. B3

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reúne hoje no Rio para escolher as termoelétricas que vão produzir os 800 megawatts (MW) anunciados semana passada pelo governo federal para poupar o nível dos reservatórios. Devem participar do encontro representantes da Petrobrás, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional do Setor Elétrico (Aneel) e Ministério de Minas e Energia.

Juntos eles tentarão encontrar a solução para algumas usinas que não entraram em operação até agora por algum tipo de problema. Além disso, espera-se definir um cronograma para a entrada em operação das usinas. A maioria deverá ser movida a óleo diesel, mas há expectativa de que a Petrobrás possa reduzir um pouco seu consumo de gás natural e destinar uma parte do combustível para a operação dessas térmicas. O ONS também quer saber qual a capacidade das usinas bicombustível movidas a gás ou óleo diesel da estatal.

Na prática, o acionamento dessas térmicas não é tão simples como o governo fez parecer na última quinta-feira, em entrevista coletiva em Brasília. ¿Se até agora elas não entraram em operação é porque tinham alguma restrição¿, afirmou um especialista do setor, que prefere não se identificar.

A necessidade de gás para a operação das térmicas também obrigou a Petrobrás a fazer um mapeamento de quais indústrias podem ter o gás natural substituído por óleo diesel ou óleo combustível. Segundo fontes do setor, o levantamento ainda não está pronto, mas deverá ser entregue em breve ao ONS, que necessita saber com exatidão quanto de gás natural a estatal pode fornecer para as termoelétricas. Esses dados serão essenciais para o planejamento de recuperação dos reservatórios, caso o regime de chuvas continue irregular até o fim de fevereiro. ¿Quanto mais cedo eles entregarem os números, melhor para o ONS concluir os estudos¿, disse a fonte.

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