Título: Suspeita de enriquecimento ilícito é apuração mais comum
Autor: Almeida, Roberto
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/02/2008, Nacional, p. A15

O número de processos administrativos no Executivo que mais cresceu nos últimos três anos é o de sindicâncias patrimoniais. Segundo dados do Plano de Ação e Metas (PAM), o primeiro ano de investigações, 2005, resultou em apenas um processo instaurado. Em 2006, o número saltou para cinco e, em 2007, foi muito superior: 37 sindicâncias foram instauradas, com 51 investigados.

A sindicância patrimonial, instituída por decreto presidencial em junho de 2005, é uma investigação que apura indícios de enriquecimento ilícito de agentes públicos federais donos de patrimônios incompatíveis com a renda declarada.

Até o momento, das 37 sindicâncias instauradas no ano passado, nenhuma resultou em punição administrativa. E, de acordo com a CGU, do total de 43 é certo que apenas duas chegaram a termo.

Uma delas apurou o aumento de patrimônio do ex-diretor financeiro da Infraero, Adenauher Figueira Nunes. Segundo processo da CGU, ele acabou enquadrado por enriquecimento ilícito e dispensado do cargo, em outubro, por justa causa.

A CPI do Apagão Aéreo, em seu relatório final, ainda recomendou o indiciamento de Figueira Nunes por corrupção passiva ao Ministério Público. No entanto, até o momento, não consta nenhuma ação instaurada contra ele.

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