Título: Bush discute pacote com congressistas
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Fonte: O Estado de São Paulo, 23/01/2008, Economia, p. B3
Segundo senador democrata, legislação com medidas de estímulo fiscal deve ficar pronta em três semanas
Washington
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ontem que está otimista com a possibilidade de a Casa Branca e o Congresso chegarem a um acordo sobre um pacote ¿pró-crescimento¿ que impeça a economia americana de escorregar para uma recessão.
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¿Acredito que podemos encontrar um denominador comum para fazer algo que seja suficientemente grande e eficaz para que a economia ,que é inerentemente forte, ganhe um impulso e garanta que essa incerteza não vai se traduzir em mais preocupação econômica para nossos trabalhadores e pequenos empresários¿, disse Bush, durante um encontro com congressistas dos dois principais partidos políticos do país - Republicano e Democrata -, em seu gabinete.
Na sexta-feira, Bush anunciou os princípios de um plano para dar impulso ao crescimento econômico. Segundo ele, o pacote deveria totalizar o equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB), algo entre US$ 140 bilhões e US$ 150 bilhões. As medidas incluiriam um alívio fiscal para consumidores e isenções tributárias para empresas.
A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, disse que ¿a urgência que sentimos no país aumenta ao ver o impacto de nossos mercados sobre os outros (países)¿.
O líder do Partido Democrata no Senado, Harry Reid, afirmou que o objetivo é conseguir que o Congresso aprove um plano consensual de forma que a legislação básica do pacote de estímulo fiscal seja entregue ao Executivo dentro de três semanas.
Antes do encontro de Bush com deputados e senadores, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que os valores próximos de 1% do PIB foram o ¿ponto de partida¿ do governo para o plano de estímulo.
¿Não vou isolar qualquer porta relativa a outros detalhes¿, disse. ¿Não ouvi ninguém sugerir mais que 1%, mas isso não significa que por trás das portas fechadas eles não pensem nisso.¿
FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou a redução da taxa básica de juros nos EUA ¿apropriada e útil¿, segundo um comunicado assinado pelo porta-voz da instituição, Masood Ahmed. Em compensação, o Fundo alertou que a recuperação dos mercados será ¿complexa e prolongada¿. AGÊNCIAS INTERNACIONAIS