Título: Funcionários brasileiros ficam retidos em hotel
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/02/2008, Internacional, p. A12

Três funcionários do governo brasileiro estão no meio da tensão política instalada no Timor Leste desde ontem, após o atentado contra o presidente timorense, José Ramos-Horta. O secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, André Figueiredo, e o chefe da Assessoria Internacional, Pedro Amaral Vieira, estão sendo mantidos em um no hotel da capital Díli, depois que foi decretado estado de emergência por 48 horas no país.

¿Todas as venezianas das janelas do hotel foram fechadas e há um clima de tensão, mas estamos tranqüilos e nos sentindo seguros¿, afirmou Figueiredo, em conversa por telefone com o Estado. O secretário disse que soldados das forças de segurança timorenses estão fazendo uma barreira em torno do hotel para proteger os hóspedes.

Os integrantes do governo brasileiro foram a Díli participar da 8ª Reunião dos Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. O evento deveria ser encerrado amanhã. Eles tentaram antecipar a volta ao Brasil, mas tiveram dificuldade para conseguir lugar em um dos dois vôos diários que saem do país.

¿Estamos tentando voltar antes para não sermos mais um motivo de preocupação para o governo timorense, que está se empenhando na nossa segurança¿, disse o secretário Schwarzer.

Figueiredo e Schwartzer contaram ainda que, na noite de domingo, estiveram na casa de Ramos-Horta e que deveriam encontrá-lo novamente ontem, mas foram surpreendidos com a notícia do atentado.

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