Título: BNDES investe em apoio a fornecedores da Embraer
Autor: Chiarini, Adriana
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/02/2008, Economia, p. B10
Embraer e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se juntaram para fortalecer fornecedoras da fabricante de aviões. Com o Programa Pró-Aeronáutico, o banco combina capitalização e financiamento de pequenas e médias empresas do setor.
O BNDES dispensa garantias reais em troca do uso de direitos de crédito que a empresa tem a receber da Embraer, por encomendas de longo prazo. ¿Esse programa para a Embraer é muito importante, porque ela precisa ter certeza de que vai receber a encomenda¿, diz o assessor da Presidência do BNDES, Carlos Gastaldoni.
Ele explica que essas empresas fornecedoras da Embraer contempladas no programa têm faturamento máximo de R$ 160 milhões por ano e que elas possuem um perfil que normalmente não receberia crédito do banco, pela classificação de risco e pela falta de ativos reais para dar em garantia.
¿São empresas de cientistas do Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA) ou que vieram da própria Embraer, que têm grande competência técnica, mas não têm ativos reais¿, disse Gastaldoni. Dentro do programa, a classificação de risco da empresa não leva a veto da operação e é feita juntamente com ela uma avaliação da qualidade do projeto apoiado e do seu potencial de retorno.
O programa foi criado no fim de 2007 com a autorização de usar R$ 100 milhões em três anos, em operações com valor entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. Há cerca de dez projetos sendo examinados.
O banco considera ideal que o apoio se dê tanto por crédito quanto por renda variável, o que é mais arriscado, porém fortalece a empresa e aumenta a remuneração do BNDES quando a empresa tem sucesso.
As condições de crédito são a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais um spread básico, de 1% a 1,5%, e um spread de risco, de 0,8% a 1,8%.
Apesar de não haver nenhuma liberação de recursos dentro do programa, uma operação anterior, de 2006, é considerada como a primeira do tipo.
Foi a compra de R$ 15 milhões em ações da Mectron Engenharia pela empresa de participações do BNDES, a BNDESpar. Os recursos foram para um projeto de R$ 18 milhões.
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