Título: Nova sede do órgão custará R$ 167 milhões
Autor: Mendes, Vannildo
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/01/2008, Nacional, p. A7

Previsão da PF é iniciar obra de `edifício inteligente e moderno¿ neste ano

A Polícia Federal vai trocar o ¿máscara negra¿, como é conhecido seu edifício-sede, por um complexo de quatro torres que custará R$ 165 milhões. A nova sede começa a ser construída este ano, em Brasília.

Desenhado por arquitetos da própria instituição, o projeto prevê o uso máximo de iluminação natural e um sistema de ventilação que reduza substancialmente o ar condicionado. ¿Será um edifício inteligente e moderno, como o País precisa, mas a grande preocupação, nestes tempos de angústia ambiental, é com a economia de energia e recursos naturais¿, disse ontem o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.

Um dos símbolos do regime militar, construído na década de 70, a sede atual, revestida por vidros pretos, ficou, segundo a PF, obsoleta. O novo prédio terá 100 mil metros quadrados, sendo 65 mil metros quadrados na primeira fase, a ser concluída em 2011.

Serão quatro torres, batizadas com nomes de personagens da mitologia grega. Na primeira, Athenas, ficarão o gabinete da direção-geral e as demais diretorias com seus órgãos de assessoramento direto. Na segunda, Ícaro, funcionarão atividades-meio e as divisões da PF subordinadas às diretorias. A torre Artemis concentrará os departamentos operacionais, e o edifício Aquiles vai reunir os órgãos de investigação e a inteligência policial.

Cada torre terá 17 andares. A nova sede terá garagem para 1.400 veículos, salas de treinamento, auditório para 500 pessoas, praça cívica, academia de ginástica e defesa pessoal, além de estande de tiro, restaurante e helipontos.

Corrêa recorre a uma analogia para justificar a obra. Segundo ele, a PF é como um adolescente que cresceu demais e ficou com braços e pernas fora da roupa. Nos últimos anos, disse, o órgão elevou seu efetivo de 7 mil para mais de 13 mil policiais, criou departamentos e montou um parque tecnológico sofisticado. O número de operações subiu de 40, em 2002, para mais de 100 ao ano, desde 2005.