Título: Subsídio a combustível de aviação é analisado
Autor: Komatsu, Alberto
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/08/2008, Economia, p. B11
Está em discussão no governo a possibilidade de ampliar o intervalo de tempo para o reajuste do querosene de aviação (QAV), atualmente determinado por contrato, mensalmente. A informação é do diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Serôa da Motta. Esta é uma reivindicação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) encaminhada ao Ministério da Defesa em meados de julho. ¿Eles querem um tipo de subsídio semelhante ao que a Petrobrás dá para o GLP, o gás de cozinha¿, disse o diretor.
A mudança valeria para o combustível de aviação usado apenas no tráfego aéreo doméstico. O GLP dos botijões de 13 quilos não é reajustado desde 2002. No entanto, botijões com volumes maiores já tiveram pelo menos três reajustes.
O Snea alega que o ministro Nelson Jobim teria se comprometido ¿a fazer gestões¿ junto à Petrobrás para discutir uma eventual alteração no cálculo do QAV. De acordo com Motta, foi pedido um documento ao Snea que mostre a defasagem entre o preço do QAV no País e no mercado internacional.
O diretor enfatiza que a agência atua apenas como órgão técnico e não tem maior ingerência nessa reivindicação. ¿Não temos mecanismos legais para fazer¿, disse.
O QAV acumula alta de 36,38% no ano, sendo que em 2007 o combustível teve alta de 12,6%. Segundo o Snea, o querosene respondia, em média, por até 35% dos custos de uma empresa aérea no ano passado. Atualmente, essa parcela subiu para 45%.