Título: Mulher de Pimentel perde cargo e se diz inconformada com 'correria'
Autor: Madueño, Denise; Costa, Rosa
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/09/2008, Nacional, p. A14

Inconformada com a ¿correria¿ imposta pela súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo nos três Poderes, a mulher do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), foi exonerada do cargo de diretora do Museu Histórico Abílio Barreto.

Fórum: Brecha do STF permite a prática de nepostismo?

Thaís Velloso Cougo Pimentel divulgou anteontem carta à imprensa afirmando que foi convidada para assumir o cargo comissionado, preenchido sem concurso público, em 2001, na gestão de Célio de Castro. E ¿naturalmente¿ foi convidada a continuar na função após eleição de Pimentel.

Na carta, ela afirma que planejava retornar para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - onde é professora do departamento de História - em dezembro, mas foi obrigada a antecipar ¿abruptamente¿ a decisão. Ela observa que a súmula visa à ¿moralização do serviço público no Brasil¿, mas não concorda que seu caso possa ser classificado como nepotismo. ¿Não me conformo com a correria que me foi imposta¿, disse.

As primeiras demissões na Prefeitura de Belo Horizonte em razão da súmula vinculante do STF foram publicadas no Diário Oficial do Município de segunda-feira.

Outro parente de agente público exonerado de cargo na administração pública foi Felipe da Silva Teixeira, filho do presidente da Câmara Municipal, vereador Totó Teixeira (PR).