Título: Serra larga na frente de concorrentes para 2010
Autor: Tomazela, José Maria
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/09/2008, Nacional, p. A6
De acordo com CNT/Sensus, tucano supera todos os prováveis adversários por ampla margem; segundo turno menos desequilibrado seria com Ciro
José Maria Tomazela
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o preferido para suceder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Em seis simulações para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2010, Serra superou todos os outros concorrentes por ampla margem. O segundo colocado foi Ciro Gomes, do PPS. Em duas, Serra enfrenta possíveis candidatos do PT. Numa delas, em que concorre com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o tucano teve 38,1% das intenções de voto e Dilma, 8,4%. Na outra, com o petista Patrus Ananias, Serra registrou 38,5% a 2,7%.
A tendência se repete em cenários projetados para o segundo turno. Num deles, em que enfrenta a ministra da Casa Civil, o tucano soma 51,4% e Dilma, 15,7%. Contra Patrus, tem 55,1% e seu oponente, 7,7%. Já no confronto entre Serra e Ciro, o placar é de 47,1% a 22,5%.
Se na disputa de 2010, o apoio de Lula ainda não pesa na pesquisa em favor de prováveis presidenciáveis petistas, a sondagem mostra que ele transfere 15,5% de votos a candidatos a prefeito que venha a apoiar. O presidente do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, considera o índice muito bom. ¿Tradicionalmente é de 10%, o que mostra que ele é um grande cabo eleitoral.¿
O próprio Lula, incluído numa das simulações para o cenário de 2010, teve seu nome lembrado de forma espontânea por 23,4% dos entrevistados - se pudesse ser candidato, ele seria o eleito.
A dois anos do pleito, contudo, a maioria - 56,7% dos eleitores - informou não ter candidato definido para presidente. A sondagem mostrou ainda que 75,3% dos entrevistados votariam nos candidatos do governo para manter a continuidade dos programas sociais, dos quais 15,9% são beneficiários.
Nas eleições municipais deste ano, também abordadas, 59,8% disseram que o voto para prefeito está definido e não vão mudar. Outros 36,9% disseram não ter o voto definido e 46,6% afirmaram que podem votar no atual prefeito. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 17 de setembro em 136 municípios de 24 Estados. Foram ouvidas 2 mil pessoas.