Título: No Sul, ajustes e cortes tiram estatais do vermelho
Autor: Samarco, Christiane ; Tomazela, José Maria
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/09/2008, Nacional, p. A12

O choque de gestão está ajudando a recuperar estatais combalidas. Foi o que ocorreu com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que teve prejuízo de R$ 320 milhões no balanço de 2002. No ano seguinte, graças às mudanças, já trazia superávit de R$ 171 milhões. O desempenho positivo chegou a R$ 1,1 bilhão em 2007. ¿A política do governo é ter uma empresa voltada ao social, mas sem prejudicar o desempenho¿, disse o presidente Rubens Ghilardi.

Contratos de compra e venda de energia foram renegociados e foi instituída nova política de recursos humanos. A empresa, que chegou a ter 10 mil funcionários, estava reduzida à metade em 2003. Foram reabertas 130 agências e o número de funcionários elevou-se para 8 mil. ¿O foco passou a ser o atendimento ao consumidor¿, diz Ghilardi.

O governo do Rio Grande do Sul prepara-se para colher os frutos do ajuste fiscal e da adoção de contratos de gestão com suas principais estatais. O Orçamento de 2009 prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão, metade com recursos próprios.

A soma dos investimentos previstos pelas seis principais estatais gaúchas se aproximará de R$ 1,1 bilhão em 2009, o dobro deste ano. Elas estão sob contratos de gestão e têm metas comuns, como retorno sobre investimento de capital, qualificação de recursos humanos, desempenho e eficiência.