Título: Empresas e fundos acusados negam fraudes
Autor: Filgueiras, Sônia
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/10/2008, Nacional, p. A4

O advogado da Euro DTVM, Antônio Augusto Figueiredo Basto, afirma que a empresa sempre atuou dentro da legalidade. ¿Não há fraude, não há enriquecimento ilícito por parte da Euro¿, declarou. Segundo ele, todos os preços praticados pela empresa foram autorizados pelos fundos. Ele informa, ainda, que em muitos casos a empresa teve participação lateral, tendo sido apenas acionada pela mesa de alguma instituição financeira maior, como um banco, para realizar a operação.

A reportagem tentou contato com a Quantia nos telefones disponíveis nos cadastros do BC e na lista telefônica de São Paulo, sem sucesso.

O Tribunal de Contas do Tocantins informou que, no processo que apura as perdas de R$ 24 milhões atribuídas ao Igeprev, os auditores opinaram pela irregularidade das contas do ordenador de despesas, em parecer datado de 25/04/2007. Em 19/05/2008, outro parecer, do procurador do Ministério Público de Contas, opinou pela ¿regularidade com ressalvas¿. O caso está nas mãos do conselheiro-relator Manoel Pires dos Santos e poderá ser julgado em outubro.

Alexandre Carvalho, operador da Senso, informa que a corretora prestou serviços ao Igeprev uma única vez, em dezembro de 2005. O trabalho praticado na operação foi decisão da direção do fundo, diz.

O presidente do Igeprev, Joel Milhomem, divulgou nota dizendo que a carteira com gestão própria obteve rentabilidade muito superior à rentabilidade das carteiras de investimentos de todas as instituições financeiras que operaram com instituto no mesmo período.

Márcio Novaes, diretor do Manausprev, informou desconhecer as operações identificadas nas auditorias. ¿O Ministério da Previdência fez uma auditoria recente em todas as operações do Manausprev, que incluiu 2006, e não apontou qualquer irregularidade¿, disse.

O ex-presidente do Banco do Estado de Sergipe (Banese), Jair de Araújo, afirma que todas as taxas fechadas pelo banco com o instituto de previdência dos funcionários do Estado foram regulares, negociadas com o fundo, e o lucro, revertido em favor do próprio Estado.

A Prefeitura de Araras informou que o fundo de pensão do município tem personalidade jurídica própria e as decisões sobre a gestão dos recursos dos segurados são de competência de seus conselhos administrativo e fiscal. Segundo a Araprev, as operações não registraram prejuízo, mas ganhos, e ¿tão logo foi detectada a imprevisibilidade e complexidade da aplicação em NTNB, a autarquia desfez-se dos papéis na forma da legislação vigente, sem prejuízo¿.

A reportagem fez contato com o instituto de Previdência do Amapá, mas não obteve resposta. Também não obteve resposta do instituto de Osasco.