Título: Orçamento para obras é suficiente
Autor: Bramatti, Daniel; Manzano, Gabriel
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/10/2008, Nacional, p. A6

Guilherme Afif Domingos, coordenador do programa de governo do candidato Gilberto Kassab (DEM), afirma que a previsão orçamentária para os próximos quatro anos é suficiente para cobrir as promessas de campanha. Afif preferiu responder por escrito às perguntas encaminhadas pelo Estado. A seguir, os principais trechos:

Em relação a programas em andamento, como o Saúde da Família e o Remédio em Casa, as diretrizes do candidato falam genericamente em 'ampliar', mas sem citar metas numéricas. Por quê?

O Saúde da Família, que hoje atende a cerca de 40% da população passível de ser beneficiada pelo programa, deve atender cerca de 60%. O programa Remédio em Casa atende a pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e não é possível prever qual será o crescimento da demanda. Mas haverá também com a inclusão de novas patologias.

Qual o custo global das obras e projetos previstos para os próximos quatro anos?

A prefeitura prevê orçamento entre R$ 100 bi e R$ 120 bi para os próximos 4 anos, suficiente para execução das obras e projetos do documento Diretrizes.

Por que os programas e metas foram divulgados sem a respectiva estimativa de custos?

Todos os programas e projetos previstos no documento Diretrizes têm cobertura prevista no Orçamento de 2009. É o caso do Expresso Tiradentes, com investimentos previstos de R$ 146 milhões, e os hospitais Brasilândia, Parelheiros, Artur Alvim-Vila Matilde, com R$ 30 milhões cada. A peça orçamentária para 2009 é o instrumento de verificação da estimativa de custos.

Em relação ao programa de governo da campanha adversária, o senhor considera que há algum projeto inviável? Por quê?

Sim. Em primeiro lugar destacaríamos sua proposta de oferecer internet de graça para toda a população em um prazo de quatro anos. Também questionamos o plano da candidata para o metrô, uma vez que ela propõe 47 quilômetros de linhas em quatro anos, algo praticamente fantasioso segundo os próprios técnicos do Metrô.