Título: Fogaça e Rosário discutem comércio
Autor: Hahn, Sandra; Ogliari, Elder
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/10/2008, Nacional, p. A9

Os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB) e Maria do Rosário (PT), fizeram ontem debate ameno durante almoço da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), no qual responderam a perguntas formuladas por empresários.

Questionada sobre planos para o comércio de rua, Rosário disse que dará seqüência à obra do camelódromo iniciada por Fogaça - que tenta a reeleição -, mas não construirá novos, dando preferência à ocupação de prédios para criar centros de compras.

Na área de transportes, Fogaça afirmou que seu projeto de Portais da Cidade - que prevê três pontos de transferência de passageiros procedentes dos bairros para veículos articulados até o centro da cidade - vai reduzir o número de ônibus na área central sem afetar a circulação de pessoas, atenuando o impacto ambiental.

Em poucos momentos houve cobranças mútuas. ¿O senhor fala em fazer 15 obras nos próximos quatro anos e não fez nenhuma nos últimos quatro anos¿, atacou Rosário. ¿Não há nada que tenhamos feito mais que obras sem dinheiro em caixa¿, respondeu Fogaça, reafirmando ter recebido a gestão do antecessor João Verle (PT) com dificuldades financeiras.

NA TV

Ao contrário do que ocorreu na Federasul, os candidatos esquentaram o clima na propaganda eleitoral na TV. Houve troca de acusações e tentativa de responsabilização do adversário pelo sucateamento das sete unidades básicas de saúde no bairro Partenon, zona leste da capital.

Desde a noite de terça-feira, Maria do Rosário tem mostrado seis dos sete postos fechados e em processo de deterioração. Exibindo panfleto que diz ¿Fogaça assume postos e resolve crise no Murialdo¿, o repórter do programa dirige-se ao eleitor para adverti-lo da ¿propaganda enganosa¿.

O contra-ataque de Fogaça foi ao ar ontem. ¿O PT passou dos limites, ou falando do que não conhece ou tentando enganar você¿, acusou a apresentadora do programa. Em seguida, a propaganda do prefeito destaca que há uma parte do panfleto não mostrada pelos adversários. Dela consta explicação de que acordo firmado pela prefeitura com o governo do Estado - responsável pelas unidades de saúde - e o governo federal permitirá restaurar prédios e reabrir atendimento aos 80 mil moradores da região.