Título: PT já tem seis candidatos a líder na Câmara
Autor: Samarco, Christiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/11/2008, Nacional, p. A8

Em meio às negociações para a definição da Presidência da Câmara, o PT iniciou nas últimas semanas as articulações para a escolha do novo líder da bancada. A quase dois meses do começo do novo ano legislativo, pelo menos seis nomes já aparecem na lista de pretendentes ao cargo, ocupado atualmente deputado Maurício Rands (PT-PE).

Apesar de incipiente, a disputa pela liderança do PT tende a esquentar nos próximos meses. Por se tratar de uma das instâncias de articulação da sigla no Congresso, o novo líder acumulará na próxima legislatura a tarefa de auxiliar nas negociações para a eleição de 2010. Além disso, o cargo dará ao seu ocupante um assento na Comissão Executiva Nacional do PT, assegurando a seu grupo de apoio espaço adicional na hierarquia partidária.

Enfraquecido pela derrota na eleição paulistana, o grupo de apoio da ex-ministra Marta Suplicy já começou a se movimentar na tentativa de emplacar um nome na posição. Parte das apostas dos martistas gira em torno do deputado Cândido Vaccarezza, que ajudou a articular a campanha petista na capital paulista e no interior. ¿Eu trabalho pela união do partido e não para ser líder do partido. Mas, se houver consenso pelo meu nome, acredito que qualquer um aceitaria¿, afirma Vaccarezza.

Ligado ao grupo que hoje comanda a Secretaria-Geral do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP) também aparece entre os pretendentes. ¿Nesta legislatura, a liderança terá um papel importante nas discussões para 2010¿, diz o parlamentar, também defensor da tese de que o melhor seria escolher um nome de consenso para a liderança. ¿Seja quem for o novo líder, ele terá um papel extremamente importante e terá que dialogar com todos os grupos.¿

Até agora, outros quatro petistas são citados nos bastidores como possíveis postulantes ao cargo: Dr. Rosinha (PR), Iriny Lopes (ES), Fernando Ferro (PE) e Geraldo Magela (DF).

RECESSO

A expectativa, segundo petistas, é de que as negociações se estendam durante o recesso parlamentar. Mas o quadro só será definido no final de janeiro ou início de fevereiro. ¿Os grupos começaram a conversar, mas ainda não temos um quadro formal de candidaturas¿, afirmou o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP).