Título: Com sistema, mãe adota criança de cidade a 500 km
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/11/2008, Vida &, p. A20

Com a ajuda do Cadastro Nacional de Adoção, a paulista Paula (nome fictício), de 35 anos, conseguiu encontrar o seu filho: um bebê de 30 dias que estava no Paraná. A mãe biológica, portadora de HIV, desistiu de criar a criança e a colocou para adoção.

Foi uma ¿gravidez¿ de oito meses, desde que, em janeiro, Paula e o marido, pequenos empresários, resolveram adotar uma criança. Embora já tivesse um filho de 8 anos, o casal queria aumentar a família. Uma laqueadura, no entanto, impediu Paula de engravidar. Os dois preencheram uma ficha para adoção, antes da unificação dos dados no CNA. No papel, disseram que queriam um bebê de até 36 meses e de cor branca, mas que poderia ter problemas de saúde.

Em agosto, após a entrada em vigência do cadastro, a Justiça localizou uma criança a mais de 500 km de distância. ¿Como ele tinha esse problema de saúde, não havia gente lá que quisesse adotá-lo¿, conta Paula. ¿O pediatra recomendou não adotar. Mas a gente não quis saber.¿