Título: Motoristas ao lado olhavam o assalto e não faziam nada
Autor: Dacauaziliquá, José
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/12/2008, Metrópole, p. C3

Elisa Tiemi agente de viagens

A agente de viagens Elisa Tiemi, de 49 anos, foi atacada por ladrões numa noite de domingo, quando seguia pela Avenida 23 de Maio, próximo à Bernardino de Campos.

Como foi o assalto?

Foi tudo muito rápido. O trânsito parou e, quando vi, o criminoso estava com a cara grudada no vidro do carro (Citröen C3). Depois só escutei a pancada. Levei o maior susto. Na hora você não sabe o que fazer. Fiquei paralisada.

E o que fez?

Fiquei com medo. Depois queria a todo custo sair do carro porque no meu pensamento ele (o bandido) queria levá-lo. Motoristas que estavam próximos olhavam e não faziam nada para ajudar. Estava tão aérea que nem sei como não bati o carro quando o trânsito andou.

Foi à delegacia?

Não. Parei no primeiro posto de gasolina que achei para me acalmar.

E o prejuízo?

O assaltante pegou minha bolsa, que estava em cima do banco do passageiro. Nela estavam dois celulares, uns R$ 300, além de documentos, cartões de banco e crédito, talão de cheque e vale alimentação. Tive de tirar segunda via de todos os documentos. Fora o reparo no vidro do carro.

Mudou o hábito de deixar a bolsa sobre o banco do passageiro?

Mudei. Sempre ouvi dizer que não era recomendado deixar a bolsa à mostra. Teve de acontecer comigo. Hoje, quando entro no carro, eu a coloco no assoalho, atrás do banco do motorista.