Título: Custo dos contratos subiu 58%
Autor: Gobetti, Sérgio
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/02/2009, Nacional, p. A8

O custo dos contratos temporários, terceirizados e de estagiários já cresceu 58% acima da inflação (medida pelo IPCA) desde o início do governo Lula. É o que indicam dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) obtidos pelo Estado. De 2002 a 2008, os gastos da União com esse tipo de trabalhador pularam de R$ 2,66 bilhões para R$ 4,22 bilhões em valores reais.

A diferença entre os contratos temporários e os terceirizados é que estes últimos são geralmente utilizados de forma permanente para cobrir determinados serviços de menor qualificação na administração pública, como o trabalho de vigilância, telefonia e limpeza. Na prática, entretanto, existem muitos contratos de terceirização que começaram a avançar sobre atividades mais nobres da administração, como funções de gerência e assessoria nos ministérios. Os contratos geralmente são feitos com empresas e não têm limite de tempo.

Entre os temporários, os contratos são feitos com pessoas físicas e não podem superar os dois anos. É o caso dos professores substitutos das universidades. Quando o contrato de um professor completa dois anos, ele é dispensado e substituído por outro novato.

Apesar de temporária, a contratação só pode ser feita depois de um processo público de seleção. No concurso para as 200 vagas do DNIT, por exemplo, o governo fará provas com os candidatos e analisará os currículos de todos eles. Para as vagas de engenheiro sênior, com remuneração de R$ 8,3 mil mensais, é exigida experiência superior a cinco anos na área de atuação.