Título: O governo vai contratar mais pessoal, diz Lula
Autor: Justus,Paulo
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/04/2009, Economia, p. B4

Presidente diz que contratações vão melhorar serviço público O governo vai continuar contratando, não há gastança nem inchaço da máquina pública. O diagnóstico da administração e das contas públicas foi feito ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Itumbiara. A ordem é continuar contratando "milhares de professores, milhares de médicos, milhares de assistentes", afirmou.

"Quando a gente contrata professor, você vê as manchetes dos jornais, ?Lula faz gastança com pessoal?. Não é gastar com pessoal. Se a gente quer melhorar a vida dos trabalhadores, tem que dar melhor salário para eles. Se a gente quiser melhorar a saúde, tem que contratar médico, tem que contratar enfermeira", acrescentou.

A política administrativa foi tratada em discurso para uma plateia de cerca de 2 mil pessoas no Instituto Federal de Ensino Tecnológico de Itumbiara. O grupo, formado basicamente por estudantes e professores da própria escola, vizinhos e um grupo de crianças participantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) - que o prefeito José Gomes, treinado nas artes da política, batizou de Dona Lindu, nome da mãe de Lula -, assistiu a 35 minutos de um discurso que passou da educação à erradicação das filas do INSS.

A cerimônia marcou a inauguração de quatro escolas técnicas federais, duas em Goiás e duas em Mato Grosso. Entusiasmado, o presidente voltou ao discurso de comparação com governos anteriores. "No Brasil, eles nem repunham os aposentados. Eles estavam habituados a quando se aposenta um professor não colocar ninguém no lugar dele e vai diminuindo e perdendo a qualidade", disse.

"Quem quiser me criticar, me critique. Quem achar que vai fazer campanha contra mim, falando que eu estou contratando gente, pode falar. Porque é com muito orgulho que vou contratar milhares de professores, milhares de médicos, milhares de assistentes."

De acordo com o presidente, o serviço público federal era "de péssima qualidade" e, para melhorá-lo, o único jeito é contratar mais pessoal, sejam agentes da Polícia Federal, fiscais do Ibama ou professores. "Para quem vier governar depois de mim, o paradigma mudou. Quem quiser ser melhor vai ter que fazer mais do que as 214 escolas técnicas que estamos fazendo, vai ter que fazer mais casas, vai ter que fazer mais."

Acompanhado, entre outros, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, possível curinga para uma eleição ao governo de São Paulo, o presidente o elogiou: "Esse moço jamais pensou em ser ministro da Educação. Mas eu duvido que um dia um outro presidente tenha um ministro da Educação da qualidade do que eu tenho. Eu apenas mando fazer, as ideias são todas dele", garantiu.

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