Título: Procurador exclui Polícia Legislativa do caso Zoghbi
Autor: Uribe,Gustavo
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/06/2009, Nacional, p. A11

A Polícia Legislativa do Senado concluiu anteontem os trabalhos de investigação no caso do ex-diretor de Recursos Humanos da Casa João Carlos Zoghbi, acusado de liderar um esquema de desvio de dinheiro em operações de crédito consignado para servidores.

O Ministério Público do Distrito Federal decidiu que as investigações sobre o caso devem ser feitas a partir de agora apenas pela Polícia Federal. O procurador Gustavo Pessanha Velloso afastou a Polícia Legislativa do caso por haver crimes que "estão fora de sua jurisdição". "Há na investigação indícios de outros delitos que não cabem mais à Polícia Legislativa investigar", disse.

O inquérito aberto pela polícia do Senado será enviado ao Ministério Público e adicionado ao inquérito da PF.

Na investigação do caso, a Polícia Legislativa indiciou Zoghbi por corrupção passiva e formação de quadrilha. Segundo dados veiculados na mídia, uma empresa do ex-diretor teria recebido R$ 2,3 milhões do banco Cruzeiro do Sul por intermediar empréstimos a servidores.

Junto com ele, figuraram no inquérito da Polícia Legislativa os nomes dos donos da empresa Contact, Ricardo Nishimura e Bianka Machado e Dias, e do filho do ex-diretor, Marcelo Zoghbi. Eles foram acusados de usar o nome de Maria Izabel, babá da família do ex-diretor, como "laranja" para abrir três empresas de consultoria, entre elas a Contact. Zoghbi e os demais acusados negam as irregularidades.