Título: Bancos reduzem valor de aplicação mínima
Autor: Modé, Leandro
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/07/2009, Economia, p. B1
Nas últimas semanas, os três maiores bancos privados do País reduziram a aplicação mínima de vários fundos voltados ao pequeno investidor. Com a atitude, procuram manter a competitividade de seus produtos em relação à poupança. "Diminuir a aplicação mínima equivale a baixar a taxa de administração, uma vez que damos ao cliente a possibilidade de colocar seu dinheiro em fundos mais rentáveis", explica o diretor executivo do Itaú-Unibanco, Osvaldo Nascimento.
A família de fundos Super DI, por exemplo, teve o valor mínimo de aplicação reduzido de R$ 10 mil para R$ 5 mil. No fundo Mega DI, o limite mínimo saiu de R$ 100 mil para R$ 70 mil em março. Em junho, houve nova baixa, dessa vez para R$ 50 mil. Em ambos os casos, as taxas de administração ficaram no mesmo nível de antes - 2,5% e 1,4% ao ano, respectivamente.
O Santander-Real diminuiu, na semana passada, a aplicação mínima de 18 fundos de varejo. "Com a queda da taxa básica de juros, alguns fundos de fato perderam competitividade (ante a poupança)", reconhece seu estrategista de investimentos pessoais, Aquiles Mosca. Em um fundo DI com taxa de administração de 2,5% ao ano, por exemplo, o valor mínimo passou de R$ 10 mil para R$ 1 mil.
Há quase um mês, o Bradesco anunciou medidas semelhantes. Na época, o banco explicou, em comunicado, que o objetivo era dar aos investidores "acesso a fundos mais competitivos em termos de rentabilidade". Dessa forma, eles poderiam "diversificar sua carteira de investimentos em um cenário de queda de juros".
Os executivos afirmam que mais novidades já estão no forno. O Itaú-Unibanco, por exemplo, criou um fundo de ações de capital garantido.