Título: Mergulhador terceirizado da Petrobras entra em greve
Autor: Lima, Kelly; Freitas, Tatiana
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/07/2009, Economia, p. B5

Alberto Komatsu, RIO

Mergulhadores de águas profundas (de 50 a 300 metros) que prestam serviços à Petrobrás entraram em greve por tempo indeterminado desde as 18 horas de sexta-feira. Ao todo, são cerca de 130 profissionais que trabalham no acoplamento de dutos de gás para o Campo de Mexilhão e na instalação de válvulas próximo ao Campo de Merluza, ambos na Bacia de Santos, segundo o mergulhador Rafael Pereira da Silva, terceirizado da Petrobrás desde 2002.

A Petrobrás informa que "não foi afetada em nenhuma atividade da área" e "a pauta de reivindicação dos mergulhadores diz respeito às empresas empregadoras, Fulgro e Acergy". A principal reivindicação é o reajuste na Indenização por Desgaste Orgânico (IDO), de R$ 26 para R$ 40 por hora.

A IDO é paga aos mergulhadores enquanto permanecem numa câmara hiperbárica, que comporta até seis pessoas. Eles podem ficar nesse aparelho até 28 dias seguidos, para obras de reparos, manutenção e instalação.

A Fulgro e a Acergy, segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Atividades Subaquáticas e Afins (Sintasa), Mário César da Silva, ofereceram R$ 32 por hora retroativo a 1º de julho e R$ 35 por hora a partir de setembro. As contrapropostas, porém, não foram aceitas. Os mergulhadores também reivindicam reajuste de 23% na diária de embarque, que passaria a R$ 150. A Fulgro e a Acergy ofereceram 6%.