Título: Velhos e novos discursos
Autor: Scinocca, Ana Paula
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/07/2009, Nacional, p. A10

COLLOR

ANTES

"Muita coisa vai melhorar. O que não vai melhorar é a política. Se acontecer o que está parecendo, vai piorar. O Paulo Maluf se eleger deputado, o Fernando Collor se eleger senador, o Clodovil se eleger..."

Dia 18 de setembro de 2006, em entrevista durante viagem de campanha

DEPOIS

"Com a experiência que ele (Collor) tem de presidente da República, certamente poderá, se quiser, fazer um trabalho excepcional no Senado."

Dia 2 de outubro de 2006, em entrevista coletiva

"Quero fazer justiça ao senador Collor e ao senador Renan (Calheiros), que têm dado sustentação ao governo em seu trabalho no Senado."

Dia 14 de Julho de 2009, em visita à cidade Palmeira dos Índios, em Alagoas

"Não era habitual neste País os presidentes percorrerem o Brasil. Além do Collor, que é de Alagoas, o único presidente a vir aqui foi Juscelino Kubitschek."

Dia 14 de julho de 2009, em visita à cidade Palmeira dos Índios, em Alagoas

CONGRESSO

ANTES

"De todos os deputados do Congresso Nacional, pelo menos 300 são picaretas. As pessoas devem fazer uma autocrítica sobre a escolha que fizeram nas últimas eleições. Estes picaretas foram eleitos e não caíram no Congresso de paraquedas."

Dia 10 de setembro de 1993, durante o governo de Itamar Franco, em viagem na Caravana da Cidadania em Porto Velho

"Staub (o empresário Eugênio Staub), não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é fechar esse Congresso e fazer o que é preciso."

Dia 14 de setembro de 2006, em jantar com empresários em Brasília

DEPOIS

"O Congresso é a caixa de ressonância da consciência política da sociedade no dia da votação."

Dia 2 de outubro de 2006, em entrevista coletiva

"Aquela parte da elite paulista e do Paraná, (aqueles) que te convidavam para fazer palestra todo semana para falar mal de projetos, hoje, se te encontram na rua não te cumprimentam."

Defendendo o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, hoje prefeito de João Alfredo (PE), que foi obrigado a renunciar ao cargo envolvido em denúncias de corrupção

"Continuo tendo o mesmo respeito hoje que eu tinha por você há muito tempo."

Idem

SARNEY

ANTES

"Sarney não vai fazer reforma agrária coisa nenhuma, porque ele é grileiro no Estado do Maranhão e não vai querer entregar as terras que tomou dos posseiros."

Dia 22 de julho de 1986, em comício em Caçapava

"Sarney no início foi endeusado. Hoje, não querem o Sarney nem para chaveirinho."

Dia 28 de junho de 1989, em conversa com jornalistas, em Florianópolis

"Eu, quando vejo na imprensa de São Paulo pesquisa dizendo que a Roseana (Sarney) é uma governadora aceita pelo Maranhão. Eu conheço o Maranhão, gente. Ela aparece bem nas pesquisas porque a Globo é do pai (Sarney) dela e o SBT é do Lobão (hoje ministro das Minas e Energia Edison Lobão). É a televisão falando bem deles o tempo inteiro. Eles passam o tempo inteiro descaradamente mentindo na televisão."

Durante a campanha de 2006, em visita ao Estado do Maranhão

DEPOIS

"Eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias, porque ele não tem fim e depois não acontece nada. Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum."

Dia 17 de junho de 2009, em viagem ao Casaquistão

FERNANDO HENRIQUE

ANTES

"Acho que o Fernando Henrique é um desastre para o povo brasileiro. O Fernando Henrique Cardoso era o filho que a direita queria e não tinha conseguido gerar."

Dia 8 de julho de 1998, em entrevista

DEPOIS

"Conquistamos uma relação de respeito e amizade que não é pouca coisa no Brasil. Em política eleitoral muitas vezes as disputas se transformam em guerra com cada candidato buscando um defeito no passado do outro para atacá-lo."

Dia 5 de janeiro de 2004, frente a frente com FHC, durante entrega de prêmio