Título: Demanda por trens faz indústria ampliar fábricas
Autor: Pereira,Renée
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/09/2009, Economia, p. B6

Os investimentos previstos para os próximos cinco anos tiveram reflexo direto na carteira de encomendas da indústria ferroviária, especialmente a de transporte urbano. Algumas empresas, como a alemã Siemens, a espanhola CAF e a canadense Bombardier, não perderam tempo e iniciaram a expansão de suas unidades para atender a demanda.

"O setor vive um bom momento. Só em São Paulo, entre reformas e compra de novas de composições, serão duas mil unidades. Isso representa 33% da frota brasileira", destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate. Resultado desse entusiasmo, a CAF decidiu abrir sua primeira unidade no Brasil.

A fábrica, em construção em Hortolândia (SP), produzirá 40 trens para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e 17 trens para o Metrô de São Paulo, até o fim de 2010. A planta exigiu investimentos da ordem de R$ 150 milhões. Segundo o presidente da companhia, Agenor Marinho, quando concluída, a nova unidade terá capacidade para fabricar 500 carros ferroviários por ano, além de reformas, modernização e recuperação de composições.

A Siemens também planeja uma nova fábrica em Cabreúva (SP), para a produção de trens urbanos e composições para o Metrô. A Alstom ainda não tem planos de aumentar a capacidade de sua unidade, na Lapa. Mas aposta suas fichas na popularização dos VLTs.O presidente da multinacional, Patrick Kron, afirmou que os metrôs leves têm grande potencial no Brasil, especialmente por causa da proximidade da Copa do Mundo, em 2014. Além disso, ele está de olho na licitação do Trem de Alta Velocidade (TAV).