Título: CGU deve concluir que Matilde não agiu de má-fé
Autor: Monteiro, Tânia; Filgueiras, Sônia
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/03/2008, Nacional, p. A12

As primeiras informações da auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) são de que a ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro não agiu de má-fé ao usar o cartão corporativo numa compra de R$ 461,16 num free shop e ao gastar R$ 175,4 mil em aluguéis de veículos entre agosto de 2006 e dezembro de 2007. As explicações dadas pela ministra à CGU estão em fase final de avaliação, mas, a princípio, foram consideradas satisfatórias.

Sobre a compra no free shop, Matilde teria justificado que confundiu o cartão do Banco do Brasil do ministério com seu cartão pessoal da Caixa Econômica Federal, ambos da mesma cor. No caso do aluguel de carro, a explicação foi que a secretaria tentava fazer a licitação, mas não teria conseguido fechar um contrato.

Os gastos de Matilde com o aluguel dos carros eram sistemáticos e, em geral, em uma mesma empresa. Quando estourou o escândalo, seu cartão acumulava despesas totais de R$ 171,5 mil.

Ao contrário da CGU, o Ministério Público pretende investigar a compra no free shop. Os procuradores querem saber por que Matilde fez a compra em outubro, mas só devolveu o dinheiro em janeiro.

Preocupados com o desgaste no caso, a Casa Civil e o Gabinete Pessoal da Presidência convocaram reunião com secretários-executivos dos ministérios. O objetivo foi pedir cuidado e atenção ainda maior dos usuários dos cartões, principalmente a partir de amanhã, quando entra em vigor o novo decreto restringindo o uso do instrumento.

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