Título: Alexandre, o rapaz de Sorocaba, virou nome de rua
Autor: Macedo, Fausto
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/03/2008, Nacional, p. A12

Homenagens foram muitas e Alexandre Vannuchi dá nome a praças, ruas, escolas, centros acadêmicos e entidades da Igreja. A ¿Celebração da Esperança¿, missa de 7.º dia, foi na Sé e ali se deu o primeiro grande protesto - 5 mil estudantes tomaram a catedral e desafiaram a tropa de choque que sitiara o centro de São Paulo com cavalos e caminhões Brucutus.

Os militares haviam enquadrado o rapaz de Sorocaba como terrorista do grupo tático armado da ALN. Acusaram-no de assalto e planejamento de assassinato.

Dez anos depois da morte de Alexandre, a família afinal conseguiu remover o corpo do filho para o Cemitério da Saudade, em sua cidade. Na lápide, ¿Alexandre Vannucchi Leme, assassinado pelo regime militar¿.

A casa dos Vannucchi virou referência na luta contra violações e o arbítrio. Seu primo Paulo Vannucchi Leme é secretário nacional de Direitos Humanos.

Pela casa já passou d. Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix, que levou solidariedade. A mãe de Alexandre, Egle, ofereceu-lhe peixe ao forno e sopa de milho verde. O pregador gostou tanto que repetiu mais de uma vez.