Título: Caso está com delegado que investigou Severino
Autor: Recondo, Felipe ; Rosa, Vera
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/04/2008, Nacional, p. A4

Sérgio Menezes, 43 anos, carioca, é visto na Polícia Federal como um delegado discreto, cauteloso e rápido, que trabalha sempre em silêncio. Mesmo para assessores da própria corporação, Menezes se nega a informar os passos que dará nessa investigação. Avisa que não divulgará nenhuma decisão, diligência ou depoimento para não atrapalhar as investigações.

Quando investigou o ¿mensalinho¿, em 2005, acusação que envolveu o então presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), o delegado concluiu as investigações em 20 dias e não concedeu uma única entrevista. Severino renunciou ao cargo de presidente e, em seguida, abriu mão também do mandato parlamentar.

Depois do caso Severino, Menezes foi para Mato Grosso do Sul, onde assumiu o cargo de diretor de combate ao crime organizado. No fim do ano passado, voltou a Brasília para assumir o segundo posto na hierarquia da Superintendência da PF em Brasília.

CURRÍCULO

Apesar desse perfil discreto, um dado do currículo de Menezes pode amedrontar o governo. Quando estava em Mato Grosso do Sul, o delegado participou da Operação Xeque-Mate, uma das ações da Polícia Federal, no ano passado, que mais causou incômodo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os policiais investigaram seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, por suspeita de tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio.

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