Título: BNDES amplia crédito para energia e vai liberar R$ 9,41 bilhões este ano
Autor: Lima, Kelly
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/04/2008, Economia, p. B3
Banco estuda mudanças para incentivar empresas distribuidoras e consumidoras a economizar eletricidade
Kelly Lima
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve ampliar nos próximos meses sua linha de financiamento para programas voltados à eficiência energética. Segundo a previsão do banco, deverão ser liberados este ano R$ 9,41 bilhões para o setor de energia elétrica (geração, distribuição e transmissão) ante os R$ 8,1 bilhões no ano passado.
O diretor da área de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, disse ontem que estão sendo avaliadas eventuais mudanças para incentivar as empresas - tanto distribuidoras quanto consumidoras de energia - a economizar energia. Segundo ele, há perspectiva de ampliar a linha Proesco, voltada para as empresas do setor.
As mudanças em avaliação vão desde a alteração nas taxas de financiamento até a ampliação do volume de crédito, que em 2007 atingiu R$ 200 milhões. ¿Estamos ainda fechando o que deverá ser oferecido¿, disse o diretor durante entrevista para divulgar o balanço das atividades do banco no financiamento do setor energético.
¿Mas esse número tende a aumentar, principalmente considerando a ocorrência de vários leilões de geração e transmissão este ano¿, disse, lembrando que apenas para os leilões de transmissão são previstos investimentos de R$ 6 bilhões.
Hoje, o banco tem em carteira 101 projetos em tramitação em geração, equivalentes a um acréscimo de 14,2 mil MW, ou 15% do total da capacidade instalada no País. O volume inclui a previsão de construção da usina nuclear de Angra 3, mas deixa de fora as quatro centrais nucleares projetadas pelo Ministério de Minas e Energia, além da hidrelétrica de Belo Monte.
Segundo ele, a área de energia é hoje a que mais cresce dentro do banco, e é considerada prioritária. Até fevereiro, os desembolsos acumulados em 12 meses na área de infra-estrutura cresceram 64%, ante 109% no setor elétrico. Entre os financiamentos aprovados no período, os destinados ao setor de infra-estrutura cresceram 75%, e em energia 226%.
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