Título: CGU pede a Rossetto explicação sobre gasto
Autor: Moraes, Marcelo de; Ogliari, Elder
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/04/2008, Nacional, p. A7

Ex-ministro usou cartão corporativo para pagar restaurantes em Brasília

A Controladoria-Geral da União (CGU) enviou notificação no dia 27 de março ao Ministério do Desenvolvimento Agrário pedindo explicações sobre os gastos feitos com o cartão corporativo pelo ex-ministro Miguel Rossetto. Rossetto usou o cartão, entre 2003 e 2006, para pagar refeições em restaurantes de Brasília, o que está sob análise da CGU.

A controladoria considera que o cartão corporativo não pode ser usado para pagar restaurantes na capital, a não ser em situações excepcionais. Rossetto teve gastos com o cartão de R$ 21.627,82, distribuídos em sua quase totalidade em pagamentos de restaurantes e hotéis.

Algumas dessas despesas ocorreram até em domingos, quando normalmente não há agenda de trabalho ou compromissos oficiais. Segundo os dados do Portal da Transparência em poder dos integrantes da CPI dos Cartões, Rossetto usou o cartão corporativo para pagar pelo menos duas despesas em restaurantes no domingo. No dia 25 de março de 2003, foram R$ 83,16 na Galeteria Caumo, que fica no Rio Grande do Sul, Estado de Rossetto. No dia 5 de março de 2006, um total de R$ 84,26 na Galeteria Bambino, também no Rio Grande do Sul.

Em resposta oficial, a assessoria do Ministério do Desenvolvimento Agrário garante que nenhum dos gastos de Rossetto contém irregularidades. ¿O ministério vai responder ao órgão com toda a documentação, encaminhando todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.¿

O próprio Rossetto disse, em Porto Alegre, que todos os gastos foram ¿absolutamente legais, justificados e informados aos órgãos de controle¿. E se dispôs a prestar esclarecimentos: ¿Não vejo qualquer inconveniente em esclarecer alguma dúvida que a controladoria ainda tenha.¿

DEVOLUÇÃO

A CGU concluiu que o ministro do Esporte, Orlando Silva, gastou irregularmente R$ 8.405,35 de um total de R$ 34.378,37 em despesas com cartão corporativo. Como ele já devolveu o valor total antes da conclusão da auditoria, a controladoria determinou a devolução de R$ 26.335,57 ao ministro.

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