Título: Criação de vagas é a maior desde 92
Autor: Sobral, Isabel
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/04/2008, Economia, p. B9

No trimestre, foram abertos 554,4 mil postos, resultado 39% superior ao registrado em igual período de 2007

A oferta de empregos com carteira assinada voltou a bater recorde em março com a abertura de 206,5 mil novas vagas. No primeiro trimestre, foram criados 554,4 mil empregos formais. Os dados, divulgados ontem, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e são os melhores resultados na comparação dos respectivos períodos desde o início da série do Caged, em 1992.

O resultado de março foi 41% maior que o saldo registrado no mesmo mês de 2007 e significou um acréscimo de 0,70% no estoque de empregos formais da economia. Em relação ao primeiro trimestre, o saldo acumulado representa 39% de aumento frente a igual período do ano passado. Nos 12 meses encerrados em março, 1,77 milhão de novos trabalhadores entraram no mercado formal.

Em março, com exceção da indústria de transformação, os vários setores econômicos registram recordes na geração de empregos. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, destacou o crescimento da oferta de vagas na construção civil, que registrou saldo positivo de 33,4 mil postos. No mesmo mês do ano passado, 17,2 mil pessoas foram contratadas. ¿Esse setor está bombando¿, comentou Lupi.

A indústria teve saldo positivo de 40,4 mil empregos, mas foi praticamente o mesmo resultado ante igual mês de 2007. Para Lupi, isso não é um sinal de alerta, pois as contratações no setor ¿têm potencial¿ para reagir. No trimestre, o setor acumula 146,2 mil novos postos.

O segmento de serviços registrou 89 mil novas vagas em março com destaque para limpeza, vigilância, seleção de mão-de-obra e informática. Os serviços associados às atividades de alojamento e alimentação registraram abertura de 19,5 mil postos. O ensino respondeu pela criação de 16,7 mil empregos formais. O comércio registrou 19,6 mil novos postos em março, o maior saldo positivo para o período. No trimestre, são 35,4 mil novos empregos formais.

Para o ministro, os dados apontam para uma continuidade do ritmo intenso de contratações de mão-de-obra ¿nos meses de abril, maio e junho¿. Mesmo com uma possível desaceleração da economia em consequência do aumento dos juros pelo Banco Central, Lupi mantém previsões otimistas. ¿Continuo mantendo minha previsão de abertura de pelo menos 1,8 milhão de empregos este ano¿, disse ele. Em 2007, foram criados 1,6 milhão de colocações no mercado formal de trabalho, que até agora é o recorde do Caged.

Links Patrocinados