Título: Pequim lança campanha para educar políticos do Tibete
Autor: Trevisan, Cláudia
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/04/2008, Internacional, p. A13
Atuação de autoridades locais no `combate ao separatismo¿ será avaliada
O governo chinês decidiu reagir à crise no Tibete com uma ortodoxa campanha de educação política dos funcionários públicos e líderes do Partido Comunista na região, cujo lema será ¿combater o separatismo, proteger a estabilidade e promover o desenvolvimento¿.
As autoridades locais também serão submetidas a uma avaliação de sua atuação no período de cinco semanas decorridas desde o início dos protestos na capital tibetana, Lhasa, em 14 de março. A região continua fechada para turistas chineses e estrangeiros. Planos de retomar as viagens em maio foram abandonados. O governo afirma que a situação será normalizada ¿logo¿, mas não fixou uma data. O adiamento é um indício de que a situação no Tibete continua tensa, com os monges budistas submetidos a extrema vigilância e a uma ¿campanha de educação patriótica¿, que foi intensificada após os protestos.
A campanha nos mosteiros acaba reforçando a insatisfação e agravando o conflito entre os religiosos e Pequim. Os protestos já ultrapassaram as fronteiras da região e se espalharam por províncias vizinhas.
Segundo o jornal oficial Tibetan Daily, o objetivo da nova campanha é ¿unificar o pensamento e a força de coesão dos oficiais e das massas, aprofundar a luta contra o separatismo e contra-atacar o plano separatista da camarilha do dalai-lama¿.
O governo chinês pretende reforçar a disciplina na região e aumentar o grau de compromisso dos líderes locais com as diretrizes fixadas por Pequim e pela cúpula do Partido Comunista.
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