Título: Upgrade repercute no exterior
Autor: Mello, Patrícia Campos
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/05/2008, Economia, p. B1

Conquista do Brasil é destacada nos EUA e em Londres

Cláudia Ribeiro

A notícia de que o Brasil foi elevado a grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, anteontem, repercutiu na versão eletrônica de alguns jornais internacionais ontem. As informações destacaram as condições macroeconômicas do País e a oportunidade de atrair mais recursos externos a partir de agora. Além disso, duas publicações americanas - o Wall Street Journal e o Washington Post - lembraram a importância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesse processo.

A notícia do Wall Street Journal destacou que o grau de investimento veio antes do que o esperado por analistas e que isso ocorreu porque o Brasil conseguiu estabilizar sua economia. Além disso, criou condições de crescimento com uma interferência política menor.

A publicação diz que a ¿divisão de águas¿ foi a eleição do presidente Lula, em 2002, e as reformas promovidas a partir de então. A reportagem informa ainda que o grau de investimento ¿deve atrair mais recursos¿ para a maior economia latino-americana. ¿Muitos no Brasil vêem o grau de investimento como o sinal mais claro de que o país entrou no mapa mundial.¿

O Washington Post também destacou a importância do presidente Lula nessa conquista. De acordo com a reportagem, o grau de investimento é uma ¿gigantesca vitória¿ para Lula. O site informa também que, quando Lula foi eleito em 2002, muitos investidores premeditavam que ele levaria a economia do País à ¿ruína¿. Mas Lula surpreendeu a economistas e investidores com uma política monetária ortodoxa, que foi criticada por muitas empresas. Contudo, foi essa estratégia, segundo a publicação, que ajudou a reduzir a inflação e a criar mais empregos no Brasil.

Na versão eletrônica do britânico Financial Times, o grau de investimento foi visto como forma de acelerar o crescimento econômico do País. O jornal avaliou que isso poderá ocorrer porque o Brasil deverá atrair mais recursos e ampliar o acesso ao crédito. O FT lembrou que a mudança ¿coloca o Brasil em linha com os outros países do Bric - Rússia, Índia e China - que desfrutam do grau de investimento¿ e ¿abre o caminho para uma aceleração do investimento no gigante latino-americano¿.

Na Argentina, a repercussão foi limitada. O La Nación deu destaque para a alta da bolsa argentina, impulsionada pelo mercado brasileiro, que reagiu favoravelmente à notícia do grau de investimento. O El Cronista também se referiu ao recorde alcançado pela Bolsa de Valores de São Paulo. Já o Ambito Financiero, numa nota otimista, ressaltou que o ¿Brasil vive o melhor momento de sua história: obteve nota de país seguro para investir¿.

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