Título: Partidos entram em disputa direta por aliados e mais tempo no horário de TV
Autor: Samarco, Christiane
Fonte: O Estado de São Paulo, 27/04/2008, Nacional, p. A4

O anúncio da pré-candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com o apoio do PMDB marcou o início das disputas entre PSDB e DEM por alianças com novos partidos. Kassab largou na frente com a costura feita com o PMDB - menina-dos-olhos na disputa por tempo de TV. Os peemedebistas têm direito a cerca de 4 minutos de propaganda eleitoral, o que eleva o tempo do DEM para quase 8 minutos.

A avaliação dos aliados de Geraldo Alckmin (PSDB) é de que a vantagem de Kassab se deve ao fato de ele ter trabalhado nos últimos meses já com perspectiva de apoios externos, enquanto o ex-governador buscava consolidar sua base no PSDB.

Com a vantagem de já contar com o PMDB, o prefeito mira agora no PV e no PR. Juntos, eles lhe garantiriam mais 2 minutos e meio na TV, o que o tornaria o candidato com o maior tempo.

O espaço reservado a cada partido ainda é estimado, pois o Tribunal Regional Eleitoral só definirá as cotas exatas após as convenções de junho.

A próxima aliança a ser anunciada por Kassab deve ser com o PR, da sua base aliada. Primeiro a procurar a sigla, Kassab ofereceu espaço numa segunda gestão, mas admitiu que não poderia ceder o posto de vice, que já estaria reservado ao PMDB ou ao PSDB, se houver aliança.

Alckmin também abriu negociação com o PR, mas, segundo seus aliados, a ofensiva naufragou pois o partido já teria fechado com o DEM. O PT foi o último a sondar o PR. Marta Suplicy, pré-candidata ainda não oficial, conversou com um líder da sigla na terça e pediu reunião com dirigentes.

No caso do PV o apoio a Kassab é mais natural. O partido comanda a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e uma subprefeitura.

O PTB é a prioridade de Alckmin. Com cerca de um minuto e meio de horário eleitoral, o apoio pode elevar o tempo do tucano para quase 5 minutos. ¿Estamos buscando apoio não só em cima do tempo de TV. Queremos buscar alianças que tenham coerência programática¿, afirmou o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP).

O chamado bloquinho - PDT, PSB, PC do B e PRB - também é encarado como prioridade para os alckmistas. O problema é que as legendas que o compõem discutem candidatura própria. Há três nomes viáveis: Paulo Pereira da Silva, pelo PDT; Aldo Rebelo, pelo PC do B; e Luiza Erundina, pelo PSB.

PSDB até ofereceu a vaga de vice a Paulinho. ¿O problema é que estamos reticentes sobre até onde vai a candidatura de Alckmin¿, afirmou o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que diz ser maior tendência de aproximação com o PT.

O deputado Edson Aparecido (PSDB-SP) afirma, porém, que as negociações avançam. ¿Não estamos descartando conversar com esses partidos.¿

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